Ramalho Eanes recorda homem que "partiu com angústia"

O ex-Presidente da República Ramalho Eanes recordou hoje Marques Júnior como alguém que lutou pela modernização do país "com justiça para todos" e que "partiu com alguma angústia" por ver que os ideais de Abril "estão em dificuldade".
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"Creio que na memória fica o muito que nos deu, o muito que fez pelo país e certamente partiu com algum angústia por ver que os grandes ideais de Abril estão nesta altura em dificuldade", afirmou António Ramalho Eanes.

O antigo chefe de Estado falava aos jornalistas na Academia Militar, onde se realiza o velório de António Marques Júnior.

Ramalho Eanes enalteceu a "coragem" e "lealdade" do militar de Abril, que "optou por uma carreira política" e "não voltou à carreira militar", sendo primeiro deputado e dirigente do PRD e depois "deputado de mérito" do PS.

"Eu creio que o que fica dele, na memória dos amigos e da história, é de que se trata de um homem de sentida e profunda responsabilidade social, que em todas as ocasiões se bateu para que o país se pudesse modernizar, desenvolver, com justiça para todos", afirmou o general Ramalho Eanes.

Marques Júnior morreu na segunda-feira aos 66 anos depois de vários dias internado no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, devido a um derrame cerebral.

O 'capitão de Abril' esteve quase trinta anos no Parlamento, quase todos como deputado do PS, desempenhando atualmente o cargo de presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações (CFSIRP).

O velório de Marques Júnior realiza-se hoje na Academia Militar de Lisboa. Na quarta-feira, decorre a missa de corpo presente na basílica da Estrela, às 09:30, seguindo-se o funeral em São Martinho de Bornes, Pedras Salgadas, no distrito de Vila Real.

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